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TRANSTORNO DE DEFICIT DE ATENÇÃO

E HIPERATIVIDADE - TDAH

Conceitualização

  • “Transtorno desenvolvimental específico observado tanto em crianças quanto em adultos, que compreende déficits na inibição comportamental, atenção sustentada e resistência à distração, bem como a regulação do nível de atividade da pessoa às demandas de uma situação”.

Conceito

O TDAH é um distúrbio neuropsiquiátrico caracterizada por sintomas em três áreas:

•Impulsividade

•Distratibilidade

•Hiperatividade.

Em 50-90% dos casos, os sintomas de TDAH incluem proble-mas psiquiátricos diversos, tais como, depressão, ansiedade, transtorno de oposição e desafio, distúrbio comportamental ou distúrbio bipolar da infância. Em menor proporção (20-25%) o TDAH está associado com problemas relacionado a aprendizagem ou desenvolvimento (funções motoras, percepção, habilidades de linguagem e comunicação).

Prevalência:

  • 3 a 6% nas crianças em idade escolar

  • Proporção entre meninos e meninas:

    • 2:1 em estudos populacionais

    • 9:1 em estudos clínicos.

Etiologia

Patologia Heterogênea no nível fenotípico

Fatores
ambientais
Fatores
genéticos

Fatores ambientais

  • Agentes psicossociais que atuam no funcionamento adaptativo e na saúde geral da criança podem ter participação no surgimento e manutenção da doença (Biederman et. al. 1995).

Fatores genéticos

  • Estudos genéticos clássicos os genes implicados no TDAH codificam transportadores da dopamina e noradrenalina e receptores dopaminérgicos (D4 e D5). É um transtorno que também pode sofrer influência de fatores ambientais.

  • Recorrência familial significante para este transtorno

  • Risco para TDAH em pais de crianças afetadas em relação à população em geral:

    • 2 a 8 vezes maior.

  • Concordância em gêmeos monozigóticos de 70%

  • Prevalência 3 vezes maior em pais biológicos que em pais adotivos

  • Estudos moleculares com genes noradrenérgicos, serotonégicos, dopaminérgicos.

Fatores Neurobiológicos

  • Processo neuromaturacional do encéfalo – progressão póstero-anterior

  • Transtorno de origem neurobiológico, devido à uma disfunção da neurotransmissão dopaminérgica em algumas áreas cerebrais, como o córtex pré-frontal e região límbica, que resultam nos sintomas de esquecimento, distratibilidade, impulsivida-de e desorganização.

Tratamento

Os estimulantes, metilfenidato (Ritalina) e dexanfetamina, são os fármacos mais amplamente prescritos para o TDAH. O tratamento com fármacos tem poucos riscos a curto prazo se os pacientes são adequadamente avaliados e monitorados. Danos com tratamento a longo prazo ainda são desconhecidos.

O tratamento não-medicamentoso inclui educar a criança, pais e professores sobre a natureza do problema e seu curso provável. São igualmente importantes um suporte social, informação de qualidade, e algumas vezes psicoterapia familiar. Estreita colaboração entre escola e a família faz-se necessária para promoção de adequações na escola como, atenção especial, ensino em pequenos grupos e assistência em sala de aula.

Tratamento não medicamentoso com Neurofeedback

O Neurofeedback é uma técnica não invasiva e indolor que promove o treino direto do funcionamento cerebral estimulando o cérebro a aprender a funcionar de forma mais adequada e eficiente. Esta técnica permite a observação do cérebro em ação em tempo real através de suas ondas Alfa, Beta, Delta, Teta

A informação desse funcionamento é mostrada ao paciente através de um computador em forma de gráficos ou jogos de tal modo, que se consegue com que o cérebro mude a sua atividade para padrões mais adequados.

Os exercícios para TDAH são focados em concentração e relaxamento , de acordo com o tipo de transtorno que o paciente apresenta, potencializando assim, sua performance cerebral no que abrange também, controle comportamental, emocional e memorização.

A técnica de neurofeedback ocorre através do aprendizado por condicionamento operante, onde o comportamento a ser aprendido tem relação com as suas consequências.

​Durante o treinamento, o cérebro é reforçado positivamente com sinais sonoros e/ou visuais ao produzir efetivamente os parâmetros desejados.

Por exemplo, o paciente ouvirá sinais sonoros emitidos pelo computador ao realizar determinada tarefa corretamente usando apenas a mente como controle remoto.

​O treinamento com neurofeedback é feito através de gráficos e jogos, que mostram ao paciente quando ele está relaxado, ansioso, concentrado ou desatento e ele vão modificando esse cenário  de forma interativa melhorando suas conexões neurais.

O objetivo da técnica de neurofeedback é que o paciente aprenda como treinar seu cérebro naturalmente após o tratamento. Dessa forma, os ganhos adquiridos durante o uso do neurofeedback permanecerão.

​Neurofeedback aborda problemas de desregulação do cérebro como o espectro de ansiedade e depressão, déficit de atenção, distúrbios de comportamento, diversos distúrbios do sono, dores de cabeça, enxaquecas e distúrbios emocionais.

Trata-se de uma técnica  individualizada que atua em função dos padrões individuais de ativação cerebral, munida a outras técnicas psicoterápicas quer promovem  uma melhor qualidade de vida e performance cerebral .

Sessões para TDAH

O tratamento de neurofeedback normalmente ocorre com a frequência de 1 a 5 sessões semanais, onde cada sessão possui duração média de 40 minutos.

Com o objetivo de alcançar uma melhora efetiva das funções cerebrais do paciente, geralmente são necessárias de 30 a 60 sessões.

​Entretanto, o número total de sessões de treinamento varia de acordo com o caso de cada paciente. No TDAH, usa-se a estimulação do córtex pré-frontal ,onde se localiza a formação de funções executivas, controle inibitório de comportamento, níveis de atenção e concentração , hiperatividade e outras funções que são prejudicadas no TDAH.

 Mudanças comportamentais já são identificadas nas primeiras sessões de treinamento, e a maioria dos pacientes atinge seus objetivos ao fim de 20 sessões, mas em alguns casos podendo chegar ao numero de 80 sessões.

Com isso, as atividades das ondas cerebrais ficam “em forma” e com um desempenho mais desejável e mais regulado.

Na medida em que avança o tratamento, as medicações podem ser retiradas aos poucos (com acompanhamento psiquiátrico), tendo em vista que o cérebro já estará condicionado a funcionar em suas frequências mais adequadas.

EXERCÍCIOS DE CONCENTRAÇÃO E RELAXAMENTO EM NEUROFEEDBACK PARA TDAH

Tríade Sintomatológica Clássica

Hiperatividade
Impulsividade
Desatenção
Tipos de
TDAH
Predomínio 
de
desatenção
Predomínio 
de hiperatividade/
impulsividade
Tipo 
combinado
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